quarta-feira, 10 de março de 2010

O que diz Pedro Passos Coelho (1)

Sobre as medidas apresentadas pelo Governo no âmbito do PEC:

"Creio que o senhor primeiro-ministro afirmou que o caminho seria o da redução da despesa mas, na prática, aquilo que foi anunciado pelo Governo é que a carga fiscal vai aumentar porque as famílias portuguesas vão poder deduzir menos despesas de educação e de saúde quando entregarem o seu IRS".

"Se tivéssemos de reduzir a despesa, sem contar com o aumento de imposto para ter três por cento de défice daqui a três anos, precisaríamos de cortar cerca oito mil milhões de euros na despesa pública e o primeiro-ministro insiste em manter quase 20 mil milhões sobretudo ao nível das subconcessões rodoviárias, que é o que elas nos vão custar nos próximos 30 anos. Não me parece que seja razoável".

"Era bom olhar para a consolidação orçamental, reduzindo a despesa pública e emagrecendo o Estado, portanto espero que o Governo tenha ainda capacidade para materializar um programa de emagrecimento".

"Nós não podemos manter esta mania socialista de atirar dinheiro para cima de tudo, sobretudo quando sabemos que é com o nosso sacrifício que o dinheiro é distribuído".

"Os sacrifícios são importantes, mas devem ser distribuídos de forma equitativa".

Sobre o PSD:

"O PSD é de longe o partido mais bem colocado para liderar uma alternativa ao governo".

"(...)preparar o PSD para que ele esteja atento aos problemas do país e a mostrar ao país que as soluções que hoje são defendidas pelo PSD são ajustadas às suas necessidades".

Acerca da Função Pública:

"Gostaria de ver antes o Governo a propor a alteração do rácio de funcionários que saem para a reforma e daqueles que são admitidos de novo na função pública. O rácio deveria subir e por cada cinco que se reformassem só deveria ser admitido um".

"Desta maneira o Governo tem a possibilidade de em quatro ou cinco anos reduzir o número de efectivos na administração e precisa de o fazer".

Liderança e antecipação das eleições legislativas:

"Se for eleito presidente do PSD, como espero, estarei disponível para ir a eleições no dia em que se tornar inequívoco que este Governo não tem condições para governar. O que me preocupa não é saber se vou apresentar uma moção de censura ou em que data vou provocar a queda do Governo, estarei atento, como com certeza o senhor Presidente da República também estará, para avaliar quando é que as condições de governação se extinguirão. No dia em que elas se extinguirem é bom que os portugueses saibam que não contarão com o PSD para fazer arranjos de Governo no actual quadro parlamentar e, portanto, deverá ser devolvida a palavra aos portugueses e eles escolherão que Governo gostariam de ver à frente do país em eleições legislativas".

"Estarei atento, como com certeza - não tenho dúvidas - o senhor Presidente da República também estará, para avaliar quando é que as condições de governação se extinguirão. E, no dia em que elas se extinguirem, é bom que os portugueses saibam que, enquanto eu for presidente do PSD, não contarão com o PSD para fazer arranjos de governo no atual quadro parlamentar".

Sobre o País:

"É crescente a pobreza e a subsidiodependência, a cada vez mais fraca autonomia que as pessoas têm relativamente ao Estado e às prestações sociais que ele atribui".

"Quisemos também amplificar a mensagem de que nós não temos só velhos problemas como este, mas temos também novos problemas, que podem perdurar na sociedade portuguesa tanto quanto estes perduraram se não mudarmos a maneira como olhamos para eles".

Medidas para a Educação:

"(...)dar mais autonomia às escolas na contratação dos seus quadros".

Criação de uma "Entidade Reguladora da Educação", para evitar a "dependência excessiva do Ministério da Educação".

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